segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pesquisa do Ipea mostra que moradores de 'Cidade Digital' têm dificuldade para acessar internet

Piraí, no estado do Rio de Janeiro, foi uma das primeiras cidades do Brasil a oferecer nas escolas municipais um computador por aluno e a implementar o acesso gratuito à internet em locais públicos, por esse motivo ganhou o apelido de "Cidade Digital", pórem o munícipio ainda não conseguiu sanar a falta de acesso via banda larga, principalmente nas residências, e enfrenta problemas comuns a boa parte das cidades do interior do País.
Uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) coloca a cidade entre as nove consideradas "desconectadas" do estado do Rio de Janeiro. Uma das razões, de acordo com o instituto, é a baixa oferta de web banda larga para usuários residenciais.
Outro problema detectado foi a dificuldade de acesso nas vias públicas. O projeto Piraí Digital, oferece para a população de 26 mil habitantes, quatro tele centros, oito quiosques e sete computadores espalhados por locais públicos, mas seus funcionamentos se restrigem aos dias de semana, entre 8h e 17h. Isso quando os usuários não encontram os quiosques fechados em horários em que deveriam estar abertos, ou equipamentos quebrados.
De acordo com a Secretaria de Planejamento do Município, o projeto foi desenvolvido para que pudesse disponibilizar internet a toda população. Ainda de acordo com a secretaria, a Anatel foi procurada para conceder a licença de comercialização da internet a um baixo custo, o que daria sustentabilidade ao projeto, porém a regulamentação não permite e os custos ficaram inviáveis ao município.
Segunda dados da secretaria são gastos mensalmente R$ 75 mil para a manutenção dos equipamentos dos quiosques e tele centros.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ainda sobre Banda Larga no Brasil

A discussão da Banda Larga no Brasil já foi várias vezes mencionada aqui. Pode parecer repetitivo, mas acho que nunca é demais! Hojé lí uma coluna de tecnologia, do Flávio Amaral, bastante interessante sobre o tema e acho pertinente deixar aqui o link disponível pra quem quiser se aprofundar um pouco, a culuna se chama Estudo de como anda a banda larga no Brasil

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lei da Transparência: municípios correm para cumprir o prazo

Prazo para disponibilizar na internet dados relativos a compras em tempo real termina este mês para cidades com mais de cem mil habitantes. Número de prefeituras que já se adequaram, no entanto, é desconhecido. Prefeitos reclamam e pedem adiamento, mas União nega extensão de prazos.

A Lei de Transparência prevê que municípios, estados e governo federal forneçam, em tempo real pela internet, informações sobre todas as compras por eles feitas. O prazo foi estabelecido pela Lei Complementar 131/2009, sancionada em abril do ano passado, mas muitos municípios ainda não conseguiram colocar seus sistemas no ar.

O Brasil possui hoje 274 cidades com mais de cem mil habitantes e de acordo com a assessoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidade que congrega governantes municipais, "ainda há muitos que, faltando pouco menos de um mês para o fim do prazo legal, não conseguiram implementar um sistema de tempo real."

Segundo a FNP, as prefeituras reclamam da falta de pessoal qualificado para a tarefa, da ausência de programas que consigam disponibilizar as informações relativas aos gastos assim que eles acontecerem e até mesmo tempo. Em alguns casos, devido ao fato de a lei ter sido sancionada no primeiro ano da administração, os mandatários alegam não ter havido espaço na agenda para implementar um sistema condizente com os preceitos da lei. O primeiro ano teria sido dedicado, no caso dos que foram eleitos em oposição ao goveno anterior, à "arrumação da casa", o que teria imposto outras prioridades.

Para ter acesso a reportagem completa, acesse o site: http://www.guiadascidadesdigitais.com.br/site/pagina/lei-da-transparncia-municpios-correm-para-cumprir-o-prazo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Polícia de SP tenta ser mais 'esperta' que o twitter

O vídeo mostra uma reportagem do Jornal Nacional, exibida na última sexta-feira (14/05), que trata das estratégias da polícia de São Paulo para combater os avisos das blits pelo twitter (que livram muitos bêbados do bafômetro).

A reportagem é interessante, pois possibilita que questionemos as limitações da polícia diante dessa ferramenta tão rápida e eficaz, que é a internet. Quando os policiais sabem que alguém já twittou o local da blits, mudam de lugar rapidamente, mas outra pessoa twitta, e eles mudam outra vez.... será que dá pra ser mais rápido que o twitter, mesmo que seja para a tentativa de cumprimento da lei seca?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Brasil cai em ranking mundial de e-gov

O Brasil caiu 16 posições no ranking global de melhores práticas de governo eletrônico feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Unpan). O país foi da 45ª para a 61ª posição na lista sobre melhores práticas em governo eletrônico, porém algumas iniciativas ganham destaque em relatório divulgado em 16 de abril do corrente ano.
O índice brasileiro de desenvolvimento de governo eletrônico, aferido de acordo com a disponibilidade de informações governamentais na internet, oferta de serviços pela rede mundial de computadores e capital humano, caiu de 0,5679 para 0,5006. O índice mundial, que também caiu, é de 0,4406, contra 0.4514 em 2008. Quanto mais perto de um, melhor a condição do país.
Entre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa a 22ª posição. A liderança é da Coréia do Sul, que também está em primeiro no ranking mundial com 0,8785. Na sequência vêm Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Holanda.
Em termos de economia, os países desenvolvidos obtiveram índice de 0.6542, enquanto aqueles em desenvolvimento chegaram a 0,4443.
Para a Unpan, o índice é “um grande retrato da vontade e capacidade das administrações nacionais usarem tecnologias móveis e online na execução de funções governamentais.”

Web 2.0

O índice de governo eletrônico das Nações Unidas é composto por três indicadores –escopo e qualidade de serviços governamentais prestados pela internet; infraestrutura de telecomunicações e capital humano, ou seja, nível educacional. O peso das variáveis é praticamente o mesmo, com um pequeno diferencial para a questão dos serviços.
A queda no índice de alguns países, entre eles o Brasil, pode ser explicada pela ampliação do foco da pesquisa. Em relação ao último levantamento, publicado em 2008, o número de perguntas a serem respondidas aumentou de 86 para 95, e algumas mudaram seu enfoque. Passaram a ser valorizados serviços típicos da web 2.0, que possibilitam a interação dos cidadãos com o poder público.
Entre os quesitos, o Brasil foi pior em “infraestutura de telecomunicações”, no qual obteve índice de 0.0838. Em serviços, chegou a 0.3683 e em capital humano, 0.2916.
A fim de comparação, os dois melhores colocados no ranking, Coreia do Sul e EUA, marcaram, respectivamente, 0.2109 e 0.2128 em infraestrutura (o maior foi alcançado pela Suíça: 0.2537); 0.3400 e 0.3184 em serviços online (os asiáticos ficando em primeiro); e 0.3277 e 0.3198 em capital humano, quesito no qual Dinamarca, Austrália e Finlândia ficam ligeiramente à frente dos coreanos, com 0.3278.
A nota concedida à infraestrutura de telecomunicações baseia-se em cinco indicadores: número de computadores; usuários de internet; quantidade de linhas telefônicas fixas; assinaturas de celular e usuários de banda larga fixa. Em todos, os dados foram agregados por cem habitantes.
Os números foram os fornecidos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) e são ponderados de acordo com os melhores e piores índices verificados para obter o índice total.
Nessa área, o país ficou na 70ª posição no ranking. O indicador mais baixo foi o de banda larga, já que apenas 5,26% da população tinha internet em alta velocidade no momento da pesquisa. O melhor percentual foi aferido na quantidade de celulares: havia 78 aparelhos em funcionamento por cem habitantes.
Já em serviços, no qual o Brasil atingiu 0.6383 antes da ponderação, o que o coloca na 55ª posição, o destaque negativo ficou com os serviços interativos. O positivo foi o de informações básicas.
As notas foram concedidas de acordo com visitas da equipe de pesquisa da Unpan a sites do governo central e dos ministérios da Saúde, Trabalho, Educação, Fazenda e Previdência ou equivalentes. Os critérios utilizados foram a presença do governo na rede mundial de computadores, facilidade de se encontrar informações, possibilidade de interação e qualidade dos serviços, quando eram oferecidos.
Já o quesito capital humano, que mede a escolaridade da população e taxas de alfabetismo, colocou o Brasil no 83º lugar, o pior entre os três principais indicadores. Antes da ponderação, o país obteve 0.8837 ponto, graças à alta taxa de analfabetismo e baixo percentual de jovens na faculdade.
O governo brasileiro ainda não comentou a pesquisa.

Fonte: http://www.guiadascidadesdigitais.com.br/site/pagina/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-e-gov

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Informação do trânsito via SMS em Goiânia

Os goianienses já podem se informar sobre a situação do trânsito através do serviço de SMS ou da solução WAP (Protocolo para Aplicações sem Fio) antes de saírem de casa. Através do uso de soluções móveis, os passageiros recebem informações sobre as viagens dos ônibus municipais, como os horários dos coletivos nos pontos de parada e as linhas que passam por eles.
O serviço é simples: o usuário envia uma mensagem (SMS) com o número do ponto de parada para o número do serviço e as informações aparecem em aproximadamente dois minutos no celular do passageiro. Quem preferir utilizar a solução WAP deve acessar o endereço wap.rmtcgoiania.com.br pelo celular e informar o número do ponto de ônibus. Em alguns minutos o usuário obtém as informações solicitadas.
A tecnologia pretende melhorar a qualidade do transporte e assegurar a mobilidade urbana reduzindo o tempo de espera e proporcionando maior comodidade aos cerca de 1,3 milhão de habitantes de Goiânia (GO). Para isso, todos os 1371 ônibus possuem computador, GPS, celular e displays do motorista.
Os recursos são geridos pelo Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), integrado pelas concessionárias privadas de Goiânia. A instituição responde pela operação da Central de Controle Operacional (CCO), que controla a frota de ônibus da cidade em tempo real, e pela prestação do Serviço de Informação Metropolitano (SIM).
Mais detalhes podem ser encontrados no site do Consórcio RMTC

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pequenos provedores veem com ceticismo proposta do Planalto

Pequenos provedores de acesso à internet espalhados pelo interior do Brasil acompanham com desconfiança a discussão sobre o Plano Nacional de Banda Larga do governo Lula, postado nesse blog no dia 26 de abril por Maria Paula.

Para eles, a venda do serviço ao usuário final a R$ 35 por mês, como apostam o Ministério do Planejamento e a Casa Civil da Presidência da República, é inviável.

O plano ainda está em discussão, mas o governo já deixou claro seu objetivo de usar a rede de fibras óticas em poder das empresas estatais de energia elétrica para baixar o custo da transmissão de dados para um valor médio de R$ 230 o link para velocidade de 1 mega.

Os proprietários de pequenos provedores afirmam que para reduzir o custo para o usuário final para R$ 35 mensais, o governo terá de diminuir impostos, desonerar a folha salarial e oferecer empréstimos de longo prazo a juros menores.

Segundo os provedores, a primeira dificuldade para alcançar essa meta está na grande variação dos preços cobrados pelas companhias telefônicas para dar acesso à sua infraestrutura de transmissão.

O receio de que a Telebrás venha a competir com as empresas privadas é um ponto de convergência entre os pequenos provedores de internet e as teles. "Vemos com bons olhos o papel do Estado como regulador, mas somos contra uma estatal competir com as empresas privadas. A estatal vai inflar o custo da máquina pública e virar cabide de emprego", diz o presidente da Internet Sul (associação de provedores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Fábio Vergani. (EL).

Inevitavelmente a democratização da Banda Larga afeta certos nichos do mercado. Cabe ao governo e as empresas encontrarem soluções que facilitem o acesso para a população sem prejudicar os pequenos provedores.