Pequenos provedores de acesso à internet espalhados pelo interior do Brasil acompanham com desconfiança a discussão sobre o Plano Nacional de Banda Larga do governo Lula, postado nesse blog no dia 26 de abril por Maria Paula.
Para eles, a venda do serviço ao usuário final a R$ 35 por mês, como apostam o Ministério do Planejamento e a Casa Civil da Presidência da República, é inviável.
O plano ainda está em discussão, mas o governo já deixou claro seu objetivo de usar a rede de fibras óticas em poder das empresas estatais de energia elétrica para baixar o custo da transmissão de dados para um valor médio de R$ 230 o link para velocidade de 1 mega.
Os proprietários de pequenos provedores afirmam que para reduzir o custo para o usuário final para R$ 35 mensais, o governo terá de diminuir impostos, desonerar a folha salarial e oferecer empréstimos de longo prazo a juros menores.
Segundo os provedores, a primeira dificuldade para alcançar essa meta está na grande variação dos preços cobrados pelas companhias telefônicas para dar acesso à sua infraestrutura de transmissão.
O receio de que a Telebrás venha a competir com as empresas privadas é um ponto de convergência entre os pequenos provedores de internet e as teles. "Vemos com bons olhos o papel do Estado como regulador, mas somos contra uma estatal competir com as empresas privadas. A estatal vai inflar o custo da máquina pública e virar cabide de emprego", diz o presidente da Internet Sul (associação de provedores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Fábio Vergani. (EL).
Inevitavelmente a democratização da Banda Larga afeta certos nichos do mercado. Cabe ao governo e as empresas encontrarem soluções que facilitem o acesso para a população sem prejudicar os pequenos provedores.
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